Pets também sofrem com o calor

O verão ainda nem chegou, mas as temperaturas já estão batendo recordes em diversas cidades brasileiras. O calor e o tempo seco têm impacto não só na rotina das pessoas, mas também dos animais de estimação, que podem demonstrar falta de apetite e de disposição.

No entanto, é possível tomar algumas medidas para promover mais conforto térmico e bem-estar para cães e gatos. Confira as orientações da médica veterinária daPremieR pet, Keila Regina de Godoy:

– Ofereça água fresca e limpa à vontade e em volume maior do que o habitual. Se perceber que a água acaba muito depressa, providencie um bebedouro maior. E mantenha a vasilha na sombra.

– Evite atividades físicas e passeios nos horários de sol forte. Asfalto e pisos quentes demais podem queimar gravemente o coxim plantar (almofadinha da pata).

– Não fique alarmado se o animal demonstrar certa alteração de apetite. Ele pode comer menos em épocas de calor e/ou preferir se alimentar no período da noite, quando as temperaturas estão mais amenas. Deixe que ele coma no horário em que se sentir mais confortável.

– Mas atenção: se o pet não comer, retire o alimento e ofereça em outro horário. Em dias muito quentes, o alimento fermenta facilmente e estraga quando em contato com água ou saliva do animal. Por isso, o alimento não deve ficar exposto o dia todo e eventuais sobras devem ser descartadas.

– Raças peludas naturalmente sofrem mais com o calor. Providencie tosas mais frequentes para ajudar no conforto térmico. Caso não seja possível tosar, procure manter o pet em local mais fresco.

– É possível aumentar a frequência de banhos. Os que estão acostumados a tomar banhos quinzenais, por exemplo, podem passar a um por semana. Mas adote produtos neutros, que não irão agredir a pele e retirar em excesso a oleosidade natural. Além disso, tome cuidado para não entrar água nos ouvidos. Use algodão parafinado para proteger, pois o algodão comum absorve a água e a conduz para dentro do conduto auditivo.

– Banho é bom, mas é importante secar bem tanto os cães quanto os gatos. Principalmente os que possuem pelagem longa e densa, que ficam em ambientes fechados ou à sombra. O abafamento e a umidade favorecem a proliferação de fungos e bactérias, que podem levar a problemas de pele. Prevenir é fundamental.

– No verão aumentam as infestações por pulgas. Mantenha o cão ou gato protegido com bons produtos e cuide do ambiente em que vivem. Isso é imprescindível para evitar problemas como, por exemplo, a DAPP (Dermatite Alérgica à Picada de Pulgas), que é muito comum nesta época do ano e provoca coceira intensa, falhas na pelagem e feridas pelo ato de se coçar.

– Atenção: nunca deixe um cão dentro do carro com os vidros fechados! Isso porque diferentemente do ser humano, que transpira para regular a temperatura do corpo, o cão ofega. Num ambiente quente, pequeno e fechado, ele não consegue manter a temperatura interna adequada e pode morrer de intermação, ou seja: de calor!

– Não permita que o cão beba água de piscinas. Ele pode tentar fazer isso por sentir muito calor, mas não é aconselhável, pois a água tem produtos químicos que podem causar vômitos e até gastrite.

– Animais com a pele clara e pelagem branca devem usar protetor solar (sim, eles também precisam de proteção!) para prevenir o câncer de pele. Assim como os humanos, eles são suscetíveis aos raios UV. Atenção especial às áreas mais expostas: focinho, ponta das orelhas e patas.

– Animais doentes (por exemplo os cardíacos ou com problemas respiratórios) devem ser ainda mais protegidos do desconforto térmico. O calor tende a acentuar o mal estar da própria doença, potencializando o sofrimento do pet.


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