Parasitas: Pulgas e Carrapatos, identifique os diferentes tipos de vermes em cães

Existem dois tipos principais de parasitas caninos: os internos e os externos. Vamos falar sobre as características de cada um. Confira!

Pulgas e carrapatos em cães

Nessa categoria, os mais comuns são as pulgas e os carrapatos. Nenhum cão está livre dessas criaturas e é especialmente difícil de localizá-los quando o animal tem pelo longo.

Carrapatos em cães

Os carrapatos parasitas hematófagos (alimentam-se de sangue), responsáveis pela transmissão de muitas doenças. Eles infectam diversas espécies de animais, como bovinos, equinos, roedores, cães, gatos e até mesmo o homem. Há duas famílias dessa criaturinha perigosa e a diferença entre elas é o tempo de permanência nos hospedeiros. Enquanto os membros da família Argasidae permanecem escondidos em abrigos e frestas, procurando o hospedeiro apenas para se alimentar, os da família Ixodidae ficam longos períodos e é exatamente o que acontece quando um cão ou outro animal tem o azar de ser a vítima.

Contudo, para completar seu ciclo de vida, o carrapato vai ao solo para depor seus ovos. Quando estes eclodem, as larvas sobem na vegetação à procura de um novo hospedeiro. Daí porque a poda da grama é importante para a contenção do parasita, assim como produtos acaricidas.

Banhos carrapaticidas são usados para prevenção. Se o animal já está infectado, além dos banhos, o tratamento é feito com o uso de derivados de diamidas e imidocarb. Pode também ser feito o tratamento profilático em animais que irão viajar para áreas endêmicas ou que vivem nelas com o uso do imidocarb e doxiciclina.

Doenças causadas por carrapatos em cães

Doenças causadas por carrapatos em cães mais comuns como, Febre Maculosa em cães,Babesiose Canina, Doença de Lyme (Borreliose).

Febre Maculosa em cães

Febre Maculosa: Trata-se de uma zoonose transmitida pelo carrapato Amblyoma cajennense, infectado pela riquétsias – microrganismos que apresentam tanto as características das bactérias quanto de vírus. Sua ocorrência é esporádica. No homem, a doença causa febre alta e manchas na pele.

Babesiose Canina

Babesiose Canina: Um protozoário, Babesia canis, infecta o carrapato. Este, ao se alimentar do sangue do cão, injeta o protozoário na sua corrente sanguínea. A consequência dessa contaminação é a destruição dos glóbulos vermelhos, o que causa uma anemia grave. Vários carrapatos podem ser infectados por esse protozoário.

Doença de Lyme (Borreliose) em cães

Doença de Lyme: O carrapato Ixodes é o agente transmissor. Geralmente causa lesões avermelhadas na pele e problemas articulares. O maior número de casos ocorre no hemisfério norte.

Pulgas em cãesPulgas em cães

Como os carrapatos, as pulgas são hematófagos, ou seja, alimentam-se do sangue de mamíferos e aves. Da mesma forma que os carrapatos, as pulgas também transmitem várias doenças graves, como tifos e peste bubônica.

As pulgas, diferentemente dos carrapatos, permanecem a vida toda no hospedeiro se não forem exterminadas. Além das doenças que transmitem, as pulgas podem desencadear um processo alérgico, afetando a qualidade de vida dos animais.

A melhor forma de conter o avanço das pulgas é a limpeza da casa e cuidados com o cão. Para este, há banhos anti-pulgas, coleiras e remédios específicos. A pulga costuma depositar ovos nos tapetes, daí é necessário aspirar a casa. Além do aspirador, uma dica com bons resultados é usar, na limpeza dos móveis e dos tapetes, ácido bórico ou boato de sódio. Deve-se usar uma solução diluída em água, deixando agir por 5 a 7 dias. O ácido bórico é um pozinho branco e pode ser encontrado em lojas de produtos químicos. Mas cuidado! Deixe bem longe de crianças e animais, pois ele é tóxico.
Assim como a higiene do cão, com banhos e controle eficiente das pulgas e carrapatos, o controle preventivo é essencial para sua saúde.

Tipos de parasitas em cães

Parasitas internos desenvolveram estratégias incríveis de sobrevivência: uma delas é passar do estado dormente ao ativo durante a gravidez da cadela e contaminar o filhote. Eis porque a vacinação periódica é o melhor modo de prevenir doenças. Neste post, falaremos um pouco das mais comuns.

Verminoses

Trichuris vulpis

Os vermes dessa espécie se localizam no colón ou ceco e podem chegar a medir até 6cm de comprimento. O diagnóstico é feito pelas fezes. Este verme pode ser transmitido por alimentos e pela água contaminada.

Dipylidium caninum

Estes se localizam no intestino, causando cólicas e prurido anal. Sintomas de anorexia e crises epiléticas também podem ser observados quando o animal está infectado.

Dirofilaria inmitis

Vermes que se localizam no coração e na artéria pulmonar. São transmitidos pelos mosquitos Culex anófeles e Aedes. Os principais sintomas são tosse, anorexia, edemas, febres, hipertrofia cardíaca, hepática e possíveis convulsões. A parasitose é detectada pelo exame de sangue.

Eis porque a vermifugação é tão necessária para a saúde do animal. Ainda filhote, é necessária a primeira dose. O veterinário dirá a necessidade da vacina ao animal, mas quando adulto, o ideal é que ele seja vacinado 2 vezes ao ano.

Cinomose

A Cinomose é uma doença viral altamente contagiosa, cuja gravidade depende do órgão afetado. É provocada pelo vírus CDV (Canine Distemper Vírus) ou Vírus da Cinomose Canina (VCC), que afetam os canídeos e outros animais.

Como muitos vírus, o CDV tem chances maiores de evolução em animais com seu sistema imunológico enfraquecido – geralmente, filhotes ou cães idosos.

Cinomose Sintomas

A doença se desenvolve por fases e é exatamente por isso que é difícil de ser diagnosticada. Os sintomas iniciais não são específicos e podem ser interpretados com um mal-estar passageiro. Nessa fase, o animal é afetado por diarreias, vômitos, espirros e também secreções nasal e ocular. Aliás, a secreção é extremamente perigosa, pois é uma forma de transmissão. Embora a sobrevida do vírus CDV em ambiente externo seja curta, se o dono de um animal doente tiver ciência da gravidade do mal, deve imediatamente isolá-lo.

Se nessa fase a doença não é reconhecida, o vírus CDV evolui para a segunda fase: febre alta, pústulas e pneumonia. Por fim, nos estágios mais avançados, o vírus atinge o sistema nervoso e é quando o animal infectado já não consegue mais andar, além de ter espasmos musculares, convulsões e até coma.

Cinomose Tratamento

Não há um tratamento para a cinomose. A melhor forma de evitá-la é a prevenção. Como geralmente os filhotes são os mais afetados, os criadores devem ter muito cuidado com eles, afinal, o sistema imunológico ainda está em formação. Por isso, filhotes de uma ninhada não devem entrar em contato com outros filhotes, com outros cães e até mesmo com muitas pessoas. As vacinas V8 e V10 – que combatem respectivamente oito e dez doenças, inclusive a cinomose – devem ser dadas no momento certo e nas doses certas. Lembrando que o reforço deve ser feito conforme o pet vai crescendo.

Como a cinomose é uma doença muito difícil de ser diagnosticada por parecer outras doenças, seu reconhecimento geralmente ocorre quando já está no nível mais avançado, ou seja, quando ataca o sistema nervoso do animal. Sem muito o que fazer, os veterinários dão preferência pela eutanásia. Daí porque o controle preventivo ser de suma importância.

Parvovirose

Causado pelo vírus Parvovírus canino, altamente contagioso, que causa inflamação e destruição das células da mucosa interna do intestino. Este agente está distribuído pelo mundo todo desde o final dos anos 70.

A infecção ocorre através da via fecal-oral. Durante a enfermidade aguda e por cerca de uma ou duas semanas depois, o animal afetado elimina uma quantidade maciça do vírus. Sendo um vírus resistente ao ambiente externo – vive meses fora do hospedeiro –, o controle ambiental tem papel fundamental na transmissão da doença.

Não há uma medicação anti-viral para o cão contaminado. Ele deve receber uma soroterapia endovenosa, protetores e restauradores (cicatrizantes) da mucosa intestinal, anti-hemorrágicos e antibióticos.

Parvovirose prevenção

A prevenção também é o melhor modo de evitar essa doença. Um filhote deve ser receber as quatro doses iniciais da vacina, com intervalos de 3 a 4 semanas. Adulto, o animal deve receber um reforço anual.


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