Diversas doenças podem afetar os cães de estimação. Podem ser traumáticas, bacterianas, fúngicas, de origem hormonal ou decorrentes de diversas outras causas. Há as que são transmitidas por vírus, dentre as quais uma, chamada de Parvovirose, é muito perigosa e bastante frequente. O vírus que a causa é chamado de Parvovirus canino. Muito contagioso, ataca diretamente as células do intestino, deixando o órgão inflamado e destruindo todo o tecido. Essa doença é mais comum em filhotes, mas animais adultos e idosos também podem contraí-la.
Para adoecer, o animal precisa ter contato com fezes contaminadas. É o que se chama de contaminação oro fecal, na qual a boca do pet entra em contato com as fezes, contraindo assim o vírus. Isso é muito fácil de acontecer uma vez que as fezes contaminadas podem ser carregadas até mesmo em solas de sapatos e o vírus permanece ativo no habitat do pet durante diversos meses.
Quando o pet fica doente, podem ser notados alguns sinais clínicos como apatia, vômito, perda do apetite, febre e diarreia, com fezes líquidas e cheiro bastante forte e característico. Sem comer e com os demais sintomas, em poucas horas o bichinho desidrata, podendo morrer se não for socorrido a tempo. Qualquer sinal diferente no pet é um sinal de alerta e o dono deve levá-lo imediatamente a um médico veterinário, porque quanto antes o tratamento for iniciado, maiores as chances de sobrevivência.
A Parvovirose pode ser evitada com alguns cuidados básicos. Para começar, o animal deve ser vacinado (vacina V8, V10 ou V11), segundo o protocolo indicado pelo médico veterinário. No geral, os cães tomam a primeira vacina aos 45 dias de vida, a segunda aos 60 dias e a terceira dose aos 90 dias. Depois, anualmente, o animal deve ser revacinado. É importante lembrar que esse protocolo é o mais usado, mas pode ser alterado, caso a caso, de acordo com as necessidades particulares do cachorrinho. Outro ponto importante é o isolamento dos animais doentes, que estão em tratamento, bem como a higienização adequada do local que ele habita. Filhotes não devem ser levados para passear, antes de estarem com todas as vacinas em dia, pois só depois de tomar todas elas é que eles adquirem a proteção necessária para o contato seguro com o ambiente externo.
O tratamento é à base de soro, antibiótico veterinário e administração de vitaminas e suplementos. Não há um medicamento específico para combater o vírus. Qualquer dono deve lembrar sempre que as melhores maneiras de evitar que um animal adoeça são a vacinação correta e uma alimentação adequada e nutritiva, de forma que seu pet se mantenha saudável e feliz.
Equipe NúcleoVet