Um belo dia, o dono de um cãozinho percebe uma verruguinha perto da boca do animal e começa a se perguntar o que poderia ser aquilo. Pode ser que não seja nada demais, mas mesmo assim é melhor ter a certeza sobre esse diagnóstico com um médico veterinário, para que assim o pet não seja incomodado por esse pequeno volume na pele.
Geralmente, a primeira suspeita nesse caso é que o cão pode ter um papiloma ou tumor de epitélio, um tipo de verruga que pode aparecer na pele e na parte interna da boca deles. As cores deles variam muito, mas principalmente entre branco, preto e acinzentado que costumam ter um aspecto pouco agradável, mas são tumores considerados benignos. As verrugas são de consistência dura, superfície áspera e com tamanho variável, com possibilidade de um só pet ter vários papilomas espalhados pelo corpo com diferentes formas.
Qualquer tipo de cãozinho pode ter essa doença, independentemente da raça, sexo, tamanho e idade, pois ela é causada por um vírus do gênero papilomavírus. Mesmo assim, há uma maior incidência em cães imunossuprimidos ou em filhotes, pois eles têm um sistema imunológico bem frágil. A transmissão ocorre através de contato direto ou indireto com secreções como saliva ou sangue dos papilomas de animais portadores deste vírus.
Os sinais clínicos variam de acordo com o local que o papiloma aparece, mas é frequente que eles apareçam na boca do pet, então o cãozinho começa a apresentar fraqueza e tristeza aparente, salivação excessiva e dificuldade para comer ração, devido a sangramentos de feridas que inflamam e incomodam muito durante a mastigação.
No veterinário, o diagnóstico é feito de acordo com o que o médico observa nos resultados dos exames e os tratamentos variam de acordo com a localização do problema. Por exemplo, se o papiloma está na pálpebra do pet e causa lesão no olho dele, a verruga precisa ser removida o mais breve possível com uma cirurgia. O mesmo procedimento é recomendado quando o número de papilomas é grande o suficiente para impossibilitar aalimentação do cãozinho, fazendo-o ferir as verrugas dentro de sua boca frequentemente, sendo que alguns casos extremos exigem medidas drásticas, como a quimioterapia.
A imunoterapia deste problema se dá através de uma vacina, que consiste na fabricação de um medicamento injetável do próprio papiloma retirado do bichinho. Como esta vacina do papilomavírus enfraquecido é muito específica, costuma dar bons resultados nos tratamentos, mas em alguns pets as verrugas caem sozinhas com o tempo. Em casos isolados, durante o período de tratamento é muito comum surgirem inflamações secundárias, então o uso de antibióticos, anti-inflamatórios, vitaminas e suplementos, entre outros se faz necessário.
Apenas através de um bom exame clínico o médico veterinário poderá indicar o que deve ser feito, pois cada caso é um caso e merece atenção especial, mas a grande maioria dos cães responde bem ao tratamento e em pouco tempo a melhora é observada.
Como a transmissão da doença é instantânea, se um filhote contrair a doença e não for isolado dos demais, caso existam outros cães no convívio diário com ele ou no caso de uma ninhada, há grandes chances que todos os demais cães também adquiram o problema. Por isso, é preciso ter cuidado e ficar bem atento aos sinais que o cãozinho de estimação apresenta para socorrê-los logo, pois essa é a melhor forma de assegurar que os amiguinhos de quatro patas possam seguir suas vidas felizes, contentes e livres de problemas de saúde!
Equipe Núcleo Vet