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A Mielopatia degenerativa em cães trata-se de uma doença progressiva crônica, responsável por causar uma “desordem” na medula espinhal, que acomete principalmente cães da raça Pastor Alemão e outras de grande porte, entre 5 e 14 anos de idade. É muito raro ocorrer em cães pequenos e em felinos, mas é possível. Acredita-se que tenha origem genética, mas isso ainda não é comprovado. Há vertentes que apostam em uma doença autoimune, mas, ao certo, ninguém sabe o porquê dessa degeneração.
O proprietário irá notar que o cão passa a ter dificuldade para se locomover, fica incoordenado e chega a cair, com frequência. O diagnóstico é feito baseado em exames clínicos, neurológicos e radiográficos, que poderão ser complementados com alguns outros, de acordo com o observado pelo médico veterinário. Exames laboratoriais, análise do fluido cerebroespinhal, radiografias, mielografias, mielografia com ressonância magnética, focalização isoelétrica e imunofixação podem colaborar na exatidão do diagnóstico, descartando outras doenças com sinais clínicos semelhantes.
Ao examinar o pet, o profissional poderá encontrar sinais de ataxia proprioceptiva consciente, paraparesia, movimentos oscilantes dos membros, assimetria dos sinais clínicos nos membros, a ausência ou presença de incontinência fecal e urinária, e a ausência e/ou diminuição de reações posturais nos membros pélvicos. Pode observar ainda a diminuição do reflexo patelar, diminuição e/ou normalidade do reflexo ciático superior e a atrofia dos membros pélvicos. A mielopatia degenerativa só é totalmente confirmada através do exame histopatológico.
Não há tratamento cirúrgico. O tratamento clínico existente baseia-se na utilização da fisioterapia passiva e ativa, administração de anti-inflamatórios não esteroidais e dieta rigorosa para controle do peso, com suplementação vitamínica, visando dar uma vida melhor ao pet e evitar seu sofrimento. O cão tende a apresentar piora do quadro clínico, pois é uma doença de característica crônica degenerativa. O prognóstico é desfavorável.
No lar, o pet necessita de superfícies que lhe forneçam maior firmeza ao caminhar, mas, ao mesmo tempo, impeçam que se machuque quando caia. Almofadas podem ser espalhadas pelo chão, ou algo mais fofo. Deve-se ter cuidado ao transportá-lo para a clínica, pois não terá mais o mesmo equilíbrio. Colocá-lo em bolsas de transporte ou caixas de transporte apropriadas diminuem o risco de queda e de ferimento. Não há cura, tratamento específico e tampouco nenhuma medicação que impeça a evolução da doença. A medicação deve ser dada corretamente, pois é o conforto disponível para manter o animal em melhores condições de saúde.
Equipe NúcleoVet