Preparação Física dos Cães

Assim como as pessoas, os pets também precisam de exercícios! Uma vida sedentária não faz bem a ninguém, nem mesmo a um animalzinho de estimação. Então, que tal unir o útil ao agradável e levar o melhor amigo do homem para exercitar o corpo e dar umas voltas?

No geral, os exercícios físicos mais suaves como caminhadas, brincadeiras e corridas com o dono fazem bem à maioria dos cães, desde que estes não tenham nenhum problema de saúde que possa ser agravado com a atividade. Em alguns casos, o dono resolve treinar realmente o cão para corridas longas ou para exercícios, como o agility. Como resultado, o cãozinho desenvolve musculatura e ossos fortes, além de adquirir mais resistência para exercícios físicos. Entretanto, antes de começar é necessário tomar alguns cuidados.

Os exercícios físicos com o dono fazem bem à maioria dos cães, desde que eles não tenham problemas de saúde que possam ser agravado com a atividade. Foto: Reprodução

Os exercícios físicos com o dono fazem bem à maioria dos cães, desde que eles não tenham problemas de saúde que possam ser agravado com a atividade.
Foto: Reprodução

Antes de iniciar as atividades, é importante que o animal passe por uma avaliação feita por um médico veterinário, como exames cardiovasculares, raio x de coluna e outras partes do corpo, hemograma entre outros, para a certeza que o animalzinho está realmente preparado para a atividade. Se tudo estiver bem e ele for liberado pelo médico veterinário, os exercícios podem ser estimulados aos poucos.

No começo, é bom introduzir o hábito do exercício ao ar livre com o uso de halteres, frisbees  ou brinquedos de látex, pois são os mais indicados para que cães se iniciem nas atividades. O dono deve também respeitar sempre os limites do animal e deixá-lo descansar e beber água com o auxílio de bebedouros portáteis, além de alinhar uma rotina nos horários de outras atividades, como comer e dormir. Depois disso, a atividade pode evoluir para caminhadas que podem ser de três vezes por semana, começando com um ou dois quilômetros de acordo com a resistência do bichinho para ir aumentando aos poucos. É importante lembrar que a velocidade inicial da caminhada não deve ser alta, pois o cãozinho ainda é um iniciante na prática.

Há outros exercícios alternativos excelentes como a natação, esteira ou o próprio agility, que podem ser usados paralelamente com as outras atividades à medida que a resistência do cão for aumentando. Os cães filhotes, por serem frágeis não devem ser submetidos a exercícios que ofereça risco a eles, como por exemplo, saltos de obstáculos. O bichinho ainda em fase de desenvolvimento e impactos grandes ou esforços excessivos podem trazer problemas ósseos neles.

Como dicas adicionais, o exercício deve ser uma atividade alegre e prazerosa ao animalzinho para que faça bem à sua saúde e à manutenção do seu peso, portanto nunca deve ser um momento em que o pet chegue à exaustão. As vitaminas, suplementos entre outros não devem ser usados, a não ser que sejam recomendados pelo médico veterinário. Independente em que fase e qual o tipo de exercício que o bichinho já esteja fazendo, é importante que ele nunca seja feito nas horas mais quentes do dia. Além disso, o dono sempre deve estar junto com o animal na hora da atividade, principalmente se for natação, garantindo que o cachorro estará bem e seguro durante o exercício.

Equipe NúcleoVet

Vantagens e Desvantagens de Dividir a Cama com Pets

Para algumas pessoas parece estranho dormir na mesma cama que um animalzinho de estimação, mas esse comportamento é mais comum do que se imagina. Como os animais estão cada vez mais próximos dos humanos, o costume de dividir a cama com eles tem se tornado cada vez mais frequente. Mas será que esse hábito é de alguma forma prejudicial?

Para algumas pessoas parece estranho dormir na mesma cama que um animalzinho de estimação, mas esse comportamento é mais comum do que se imagina. Foto: Reprodução

Para algumas pessoas parece estranho dormir na mesma cama que um animalzinho de estimação, mas esse comportamento é mais comum do que se imagina. Foto: Reprodução

Quando se trata de dividir a cama com os animais de estimação a transmissão de doenças é o ponto de maior discussão. No entanto, não há problemas em dividir lençóis, travesseiros e colchão com o bichinho, desde que certos cuidados sejam tomados antes de permitir que o animal se deite na cama do seu dono. Existem várias doenças que podem passar do homem para o animal e vice-versa, como o caso da raiva, brucelose, listeriose, salmonelose, tuberculose e leishmaniose. Para transmissão dessas duas últimas, basta o animal entrar em contato com a saliva de um humano infectado, ou então ser picado por um mosquito-palha que tenha picado uma pessoa doente.

Por isso, o dono que deixa o pet dormir em sua cama deve se atentar também a manter a vacinação do bichinho em dia, darbanhos semanais e aplicar vermí­fugos no prazo correto para garantir a saúde de todos. Um hábito altamente recomendável é o de lavar e secar as patinhas do mascote depois de um passeio na rua, pois isso garante que nenhuma zoonose o acompanhe para dentro de casa. Para evitar doenças respiratórias nos donos e garantir a limpeza do ambiente, escovar o pet para retirar o excesso de pelos e trocar a roupa de cama diariamente é aconselhável, principalmente quando o cão o ou gato solta muito pelo. Sem dúvida, são rotinas a mais nas tarefas domésticas, mas é o preço que se paga para quem não abre mão de dormir ao lado do pet.

Essa proximidade maior entre donos e animais tem aumentado a cada dia, mas esse comportamento acaba refletindo em certa humanização do animal. Como resultado negativo dessa humanização, observa-se que certos animais semadestramento adequado tendem a ficar mimados e agressivos sem motivos aparentes, apresentam dificuldade de contenção e manejo, mordem objetos em casa e até mesmo seus donos quando contrariados em algo.

Porém, desde que tomados os devidos cuidados, a convivência com os animais de estimação pode trazer mais vantagens do que desvantagens. Conviver com um animal reduz o risco de doenças cardíacas, além de diminuir o estresse, baixar a frequência cardíaca, a pressão arterial e o colesterol, além de beneficiar crianças que convivem com animaizinhos tornando seus sistemas imunológicos mais fortes e com menos riscos de sofrer de doenças respiratórias infecciosas.

Equipe NúcleoVet

Troca de Dentes nos Animais de Estimação

Assim como as crianças, os cães e gatos também trocam de dente. Os dentes de leite ou decíduos são mais afiados que os permanentes, que costumam ser maiores e mais brilhantes. Porém, os dentes de leite são mais frágeis e assim como é natural no crescimento do bichinho, ele acaba sendo substituído pelo permanente e cai em algum dia. Durante esse período de troca, o bichinho pode ficar mais manhoso e até evitar comer sua ração, pois a chegada dos novos dentinhos é um pouco dolorida. Por isso, a boca do animal pode sangrar um pouco na gengiva e ficar com um cheiro desagradável por alguns dias.

“Os dentes de leite são mais frágeis e assim como é natural no crescimento do bichinho, ele acaba sendo substituído pelo permanente e cai em algum dia.” Foto: Reprodução

“Os dentes de leite são mais frágeis e assim como é natural no crescimento do bichinho, ele acaba sendo substituído pelo permanente e cai em algum dia.” Foto: Reprodução

Embora a maioria dos cães passe por esse momento de troca, que se dá em torno de 4 a 6 meses de idade, alguns podem não perder os dentes de leite e adquirir uma dentição dupla. Esse tipo de situação é extremamente comum em raças de pequeno porte como o yorkshire, maltês, poodle, shih-tzu e lhasa apso. Embora não atrapalhe nem na mastigação, nem na rotina diária do animal, a dentição dupla favorece ao acumulo de alimentos e consequentemente a formação de tártaro.

Nestes casos, o hábito da higiene dos dentes do bichinho tem que ser frequente com o auxílio de escova, creme dental e dedeira. O dono deve também ficar atento a qualquer alteração recorrente no comportamentodo animal e/ou algo observável em relação a sua boca, pois qualquer complicação que surgir nos dentes do bichinho possa ser combatida pelo veterinário por meio de um tratamento dentário.

Independente se o pet for filhote, adulto ou sênior, a limpeza dos dentes precisa ser feita no mínimo duas vezes por semana, obviamente com pasta apropriada. Essa rotina de higiene deve ser estimulada desde o cãozinho filhote, pois além de prevenir qualquer problema dentário ou gengival no animal, torna-se mais fácil de acostumá-los com esse hábito.

A escovação e os cuidados com os dentinhos dos pets previnem os tártaros, as gengivites e o risco de doenças relacionadas a bactérias que se alojam na boca dos animais, como as doenças cardíacas, renais e hepáticas. Em toda a vida do pet, os hábitos de higiene e o acompanhamento de sua saúde bucal feito pelo médico veterinário são muito importantes, pois evitam várias complicações e mantém a dentição do bichinho forte e saudável para comer e beber, brincar e morder à vontade.

Equipe NúcleoVet

Guia de entendimento dos sinais corporais e verbais do cachorro

 

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Quando convivemos diariamente com um cão, se o observarmos bem, vamos perceber que ele tenta se comunicar conosco através de latidos, rosnados, atitudes, maneira de olhar, de balançar o rabo, empinar a cabeça, virar-se de barriga para cima, etc. Mas para nós, humanos, não é fácil compreendermos os sinais corporais e verbais dos cachorros, por isso, colocaremos aqui um guia de entendimento da linguagem canina, e assim, você poderá entender um pouco melhor seu cão, que só não pode falar por questões de anatomia.

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Verbalizações

Latidos

  • Fêmeas e machos latem de forma diferente.
  • Os latidos variam em volume, tonalidade (grave ou agudo), duração, número de repetições e frequência.
  • Latidos pausados com intervalos longos de aproximadamente 15 segundos: está pedindo algo (comida quando está com fome, entrar, sair, etc).
  • Latidos com intervalos de aproximadamente 3 segundos e orelhas para trás: alarme. Algo diferente está acontecendo (ruído, alguém no portão, um animal se aproximando, etc).
  • Latido sequencial, intercalando com rosnado: defesa de território e família.
  • Latido único, curto e agudo: está pedindo algo (brinquedo, comida, abrir a porta, etc);  o latido pode se repetir caso o dono não atenda.
  • Latidos curtos por longos períodos, dando intervalos longos ou médios: solidão, sofrimento por estar preso. Pede contato e companhia.

Rosnados

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  • Sempre significa advertência e não necessariamente agressividade.
  • Rosnar com os dentes escondidos: está começando a  ficar irritado.
  • Rosnar mostrando os dentes superiores e intercalando com latidos: Está no limite de tolerância e prestes a atacar.
  • Rosnada com choro: está extremamente inseguro por temer agressão iminente do dono ou de outro cão.

Outros sinais vocais

  • Mistura de latido com uivo – parece que está resmungando: está se queixando de algo, pode ser dor, tristeza, preocupação.
  • Gemido, choro e choramingo: sempre significa incômodo, sofrimento ou dor, e mais forte será, quanto maior for sua aflição e dor.
  • Ganido: equivale ao grito humano, diante de um susto ou de uma dor insuportável.
  • Suspiro: assim como o ser humano, o cão suspira quando consegue descansar ou consegue algo que desejava.
  • Gemido trêmulo: quando o cão sente prazer ao coçar seu ouvido ou as costas, por exemplo.
  • Uivo: significa comunicação com cães que possam estar distantes ou quando percebe uma cadela no cio.

Sinais corporais

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Lambidas

  • Lambe o ar: está com dor em algum lugar que ele não consegue definir.
  • Lambe o chão, a cama onde deita ou um tapete: melancolia e tédio.
  • Lambe a pata sem parar: o cão está estressado e muitas vezes essas lambidas causam ferimentos graves.
  • Lambe rapidamente o queixo, a boca ou a face do cão ou de quem está perto: significa apaziguamento.

Olhar

  • Olhar fixamente para o outro: significa desafio, portanto, jamais encare nos olhos um cão que você não conhece.
  • Olhar de viés: está desconfiado.
  • Olhar sonolento: não está interessado.

Cauda

  • O abano da cauda ou rabo, nem sempre significa alegria.
  • Quando balança o rabo junto com todo o traseiro: alegria.
  • Quando está empinada: o cão está atento.
  • Cauda caída balançando lateralmente: o cão está tranquilo e relaxado.
  • Cauda caída pesadamente e parada: cão inseguro.
  • Cauda entre as pernas: muito medo.
  • Balançando forte: alegria.

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Outros gestos

  • Pelos arrepiados na cernelha: está com muito medo.
  • Dormir de barriga pra cima e pernas para o alto: total segurança e confiança naquele ambiente e com as pessoas que estão ao seu redor.
  • Deitado com a barriga no chão e as pernas para trás: está com calor.
  • Afofar o local antes de deitar: gesto instintivo dos ancestrais que amassavam o capim para evitar fiapos ao deitar
  • Rodar em torno de si antes de evacuar: mesma conotação de amassar o capim. Ato instintivo para que nada o incomode neste momento.
  • Cutucar com o focinho: quer sua atenção .
  • Morder o calcanhar: é uma brincadeira. Ele não quer que o outro se retire do ambiente.
  • Frente abaixada, traseiro levantado e olhando fixamente: está convidando para brincar, e correr atrás dele. Infelizmente muitos donos, por não entenderem esse gesto, acabam agredindo o cão.
  • Cheirar o traseiro de outro cão: é reconhecimento, equivalente ao nosso apertar de mãos e ao  “muito prazer”.
  • Virar de barriga para cima: significa submissão. Muitos cães, diante do iminente ataque do outro cão viram-se imediatamente de barriga pra cima, fazendo com que o outro cão recue.
  • Montar em um cão do mesmo sexo ou nas pernas das pessoas. Não tem significado sexual nem quer dizer que o cão está com “desejos”. É apenas um ritual de liderança. Quando o cão faz isso significa que quer se impor sobre você ou o cão e está dizendo que quem manda ali é ele.
  • Cheirar o chão: passatempo preferido dos cachorros.
  • Mordiscar: um gesto de carinho. É como se você pegasse a mão de outra pessoa e ficasse fazendo carinho. Como os cães não têm mão, usam a boca para segurar.

É um desejo antigo do homem entender e poder se comunicar com os cães. Esse artigo já é um bom começo para você começar praticar com seu cachorro. Boa sorte!

Equipe NúcleoVet