Danos Causados por Fungos nos Pelos dos Animais

A aparência dos pets não revelam apenas os cuidados estéticos que o dono oferece a ele, mas também reflete seu estado de saúde e a forma como ele está se sentindo. Muitas vezes, ao ver um bichinho com uma região do corpo sem pelo, as pessoas logo deduzem que eles estão com sarna, mas descobrir a causa do problema nem sempre é tão fácil assim. Diversas doenças podem levar os cães e gatos a perderem os pelos do corpo, como problemas hormonais, dermatites fúngicas, bactérias, problemas com parasitas como a dermatite alérgica a pulgas, ácaros entre outros. Por isso, é essencial que o animal seja submetido a exames clínicos e laboratoriais detalhados, pois é a melhor forma do médico veterinário conseguir chegar ao diagnóstico definitivo.

A esporotricose ou doença da roseira é uma zoonose conhecida porque tanto gatos quanto humanos podem contrair esse fungo ao serem espetados com uma roseira contaminada. Foto: Reprodução

A esporotricose ou doença da roseira é uma zoonose conhecida porque tanto gatos quanto humanos podem contrair esse fungo ao serem espetados com uma roseira contaminada.
Foto: Reprodução

A dermatite fúngica é um tipo de doença de pele muito contagiosa, onde algumas espécies de fungos podem ser passados dos pets para os humanos e vice-versa. Existem diversos tipos de fungos que podem causar problemas aos bichinhos, observáveis na forma de uma queda de pelo em uma região específica do corpo, na maioria das vezes em forma de círculos. Nessa área, a pele pode ficar mais grossa ou com caspinhas no lugar da queda, além de que o dono rapidamente notará que começam a aumentar os locais do corpo do bichinho com esse problema, já que ao se coçar ou lamber, no caso dos gatos, esse fungo se espalha e causa mais lesões.

Existem diversos tipos de fungos que causam doenças nos pets, como os fungos Microsporum spTrichophyton spp e o mais comum, o Malassezia sp, que na maioria dos casos está associado a outro problema de pele de fator bacteriano ou alérgico. Os sintomas mais comuns de uma infestação por fungos é coceira, queda de pelo, hiperpigmentação e vermelhidão na pele, onde se faz necessário um exame de cultura fúngica para descobrir qual é o tratamento correto para o animal.

O tratamento para a pele  com dermatites fúngicas deve ser feito o mais breve possível, além de que existem algumas delas que podem até matar o animal em poucos dias se não tratada, como é o caso do Sporothrix schenckii, que causa uma doença chamada de esporotricose em gatos. Popularmente, essa zoonose é conhecida como doença da roseira, porque tanto gatos quanto humanos podem contrair esse fungo ao serem espetados com uma roseira contaminada.

O fungo da roseira ataca por baixo da pele do animal e faz os pelos de cima caírem, formando uma ferida que se abre quando a pele subcutânea já está em fase de necrose. Nesses casos, o fungo pode atacar a articulação do bichano e tornar o tratamento ainda mais difícil, formando feridas muito feias, mal cheirosas e muito dolorosas. O tratamento para a pele do gato existe, mas é longo e dura no mínimo três meses. Por se tratar de uma zoonose, o bichinho doente pode transmitir esse problema ao seu dono através de um arranhão, então todo cuidado é pouco ao conviver e manusear o animal doente.

Portanto, é preciso manter os pelos dos bichinhos sempre limpos e cuidados, com o uso de escovas para pelos, produtos anti pulgas e carrapatos e encaminhamento rápido ao médico veterinário ao notar qualquer sinal de alteração na pele do pet. Essa é a melhor forma para assegura a saúde corporal dos amiguinhos peludos.

Equipe Núcleo Vet

Doença de Aujeszky ou Pseudo-raiva

Muitas pessoas optam por ter bichinhos de estimação considerados diferentes da maioria, como iguanas, roedores, cobras entre outros. Há também os que optam por ter porquinhos de estimação e o mini porco ou teacup pig já conquistou o coração de muitas famílias, tornando-se um ótimo amigo. Atualmente, os mini porcos são criados cheios de mimo até em residências, portanto é muito importante saber que as doenças dos suínos são diferentes das dos cães e dos gatos. Há uma grande variedade de bactérias, vermes, vírus e protozoários que podem fazer com que este animal adoeça e uma dessas doenças é a Aujeszky ou pseudo-raiva.

Os sintomas da doença de Aujeszky ou Pseudo-raiva se apresentam como coceiras, mas também é chamada de pseudo-raiva porque algumas vezes pode causar sinais neurológicos evidentes, parecidos com a raiva. Foto: Reprodução

Os sintomas da doença de Aujeszky ou Pseudo-raiva se apresentam como coceiras, mas também é chamada de pseudo-raiva porque algumas vezes pode causar sinais neurológicos evidentes, parecidos com a raiva.
Foto: Reprodução

A doença de Aujeszky ou Pseudo-raiva é causada por um vírus pertencente à família Herpesviridae. O principal sinal clínico apresentado no bichinho é uma enorme coceira, mas é chamada de pseudo-raiva também porque algumas vezes pode causar sinais neurológicos evidentes, como a raiva. Nos porquinhos filhotes, a doença pode ser fatal por causar lesões no sistema nervoso central, além de apresentar problemas respiratórios concomitantemente. Em porquinhas gestantes podem ocorrer abortos em qualquer período da gestação, principalmente nas criações de propriedades rurais que os animais ainda não foram vacinados. Além disso, algumas infecções bacterianas como a Actinobacillus pleuropneumoniaePasteurella multocida ou Streptococcus suis podem surgir, agravando o quadro devido ao sistema imunológico baixo.

Se o porquinho tem essa doença e convive diretamente com cães e gatos, é preciso ter um pouco de cuidado, pois embora seja muito raro, os felinos e o melhor amigo do homem estão sujeitos a se contagiar com esse vírus através do contato direto entre a saliva dos animais, compartilhando os mesmos comedouros e bebedouros. Os cães e gatosinfectados por essa doença, assim como os bovinos e equinos, correm risco de óbito rapidamente quando contraem esse mal, então eles devem ser afastados do animal doente e de seu ambiente imediatamente. O porco também transmite a doença principalmente pelo aparelho respiratório, assim como pelo leite, além de que mesmo após estar curado, ele ainda espalhará o vírus por mais sete dias no seu local de convívio.

É possível também que o porquinho entre em contato com o vírus e este fique inativo em seu organismo sem fazer nada, até que um dia a imunidade dele cai e a doença aparece “de repente”. O diagnóstico desta doença é baseado no histórico do animal, nos sinais clínicos e nas lesões apresentadas até então e a confirmação só se faz possível através de exames laboratoriais, como o isolamento do vírus e um diagnóstico sorológico.

Para evitar tantos problemas, os mini porcos precisam ser vacinados antes de adoecerem, mas isso não impedirá que o vírus entre em seus organismos, mas fará com que os sinais clínicos não agravem sua saúde. Não há um tratamento específico para a doença de Aujeszky, mas antibióticos e vitaminas são os mais indicados pelos veterinários, pois ajudam a eliminar infecções secundárias e ajudam o bichinho a se recuperar e voltar a viver feliz ao lado de seu dono.

Equipe Núcleo Vet

Medicina Ortomolecular para Pets

A medicina ortomolecular tem por finalidade manter a saúde dos animaizinhos de estimação através da prevenção de doenças, baseando-se principalmente na orientação alimentar do paciente e na complementação de nutrientes como vitaminas, minerais, antioxidantes e outras substâncias importantes para o funcionamento adequado do organismo. Essa terapia também se preocupa em eliminar do organismo do pet os chamados radicais livres, que são substâncias responsáveis por diversas doenças e também pelo processo de envelhecimento.

A medicina ortomolecular previne e mantém o bom funcionamento do organismo dos animais de estimação através da orientação alimentar e da complementação de nutrientes. Foto: Reprodução

A medicina ortomolecular previne e mantém o bom funcionamento do organismo dos animais de estimação através da orientação alimentar e da complementação de nutrientes. Foto: Reprodução

O tratamento ortomolecular não é nada complexo e consiste na introdução de alimentos funcionais ou complementos na dieta dos pets de forma caseira e simples. Além disso, pode estar associado a outras terapias, como por exemplo, servindo como suporte no tratamento de animaizinhos com problemas digestivos ou patologias crônicas como câncer, artrose, problemas renais e cardíacos, e diabetes.

Na medicina veterinária, a utilização desse tipo de tratamento vem aumentando ao longo dos anos. Isso se deve à crescente preocupação dos donos em manter o animalzinho saudável, além de procurar tratá-los da melhor forma possível em casos de doença crônica. Portanto, quem tem um bichinho de estimação em casa e tem interesse em garantir-lhe uma vida mais saudável, deve procurar informações com o médico veterinário sobre vitaminas e suplementos que podem ser dados a eles.

No entanto, para que essas indicações sejam feitas, o médico veterinário primeiramente precisa fazer uma análise dos minerais presentes no organismo do animalzinho. Esse exame chama mineralograma e pode ser feito através de uma amostra de pelo, onde é possível identificar com precisão o desequilíbrio mineral e a presença de metais tóxicos no organismo do bichinho, que pode acarretar em graves prejuízos à saúde dele.

Além da vantagem da coleta ser indolor, existe mais uma razão para se usar os pelos. O leite, urina, saliva ou suor permitem dosar somente as substâncias ingeridas e que são eliminadas em seguida. O sangue, por sua vez, permite dosar as substâncias absorvidas e temporariamente em circulação, antes de serem eliminadas ou depositadas em algum lugar do organismo. Já os pelos, unhas e dentes são tecidos onde os minerais ficam retidos e/ou armazenados.

A aplicação da medicina ortomolecular à veterinária estende esse benefício não só aos animais de estimação mais comuns como os cães e gatos, mas também para outros tipos de pet, como os coelhos, répteis, exóticos diversos e também os selvagens ou silvestres em cativeiro, pois permite prevenir em todos eles problemas de saúde, suprir carências alimentares e também detectar desequilíbrios no meio ambiente.

Equipe Núcleo Vet

Papilomatose Canina

Um belo dia, o dono de um cãozinho percebe uma verruguinha perto da boca do animal e começa a se perguntar o que poderia ser aquilo. Pode ser que não seja nada demais, mas mesmo assim é melhor ter a certeza sobre esse diagnóstico com um médico veterinário, para que assim o pet não seja incomodado por esse pequeno volume na pele.

O papiloma ou tumor de epitélio é um tipo de verruga que pode aparecer na pele e na parte interna da boca dos cães. Foto: Reprodução

O papiloma ou tumor de epitélio é um tipo de verruga que pode aparecer na pele e na parte interna da boca dos cães.
Foto: Reprodução

Geralmente, a primeira suspeita nesse caso é que o cão pode ter um papiloma ou tumor de epitélio, um tipo de verruga que pode aparecer na pele e na parte interna da boca deles. As cores deles variam muito, mas principalmente entre branco, preto e acinzentado que costumam ter um aspecto pouco agradável, mas são tumores considerados benignos. As verrugas são de consistência dura, superfície áspera e com tamanho variável, com possibilidade de um só pet ter vários papilomas espalhados pelo corpo com diferentes formas.

Qualquer tipo de cãozinho pode ter essa doença, independentemente da raça, sexo, tamanho e idade, pois ela é causada por um vírus do gênero papilomavírus. Mesmo assim, há uma maior incidência em cães imunossuprimidos ou em filhotes, pois eles têm um sistema imunológico bem frágil. A transmissão ocorre através de contato direto ou indireto com secreções como saliva ou sangue dos papilomas de animais portadores deste vírus.

Os sinais clínicos variam de acordo com o local que o papiloma aparece, mas é frequente que eles apareçam na boca do pet, então o cãozinho começa a apresentar fraqueza e tristeza aparente, salivação excessiva e dificuldade para comer ração, devido a sangramentos de feridas que inflamam e incomodam muito durante a mastigação.

No veterinário, o diagnóstico é feito de acordo com o que o médico observa nos resultados dos exames e os tratamentos variam de acordo com a localização do problema. Por exemplo, se o papiloma está na pálpebra do pet e causa lesão no olho dele, a verruga precisa ser removida o mais breve possível com uma cirurgia. O mesmo procedimento é recomendado quando o número de papilomas é grande o suficiente para impossibilitar aalimentação do cãozinho, fazendo-o ferir as verrugas dentro de sua boca frequentemente, sendo que alguns casos extremos exigem medidas drásticas, como a quimioterapia.

A imunoterapia deste problema se dá através de uma vacina, que consiste na fabricação de um medicamento injetável do próprio papiloma retirado do bichinho. Como esta vacina do papilomavírus enfraquecido é muito específica, costuma dar bons resultados nos tratamentos, mas em alguns pets as verrugas caem sozinhas com o tempo. Em casos isolados, durante o período de tratamento é muito comum surgirem inflamações secundárias, então o uso de antibióticos, anti-inflamatórios, vitaminas e suplementos, entre outros se faz necessário.

Apenas através de um bom exame clínico o médico veterinário poderá indicar o que deve ser feito, pois cada caso é um caso e merece atenção especial, mas a grande maioria dos cães responde bem ao tratamento e em pouco tempo a melhora é observada.

Como a transmissão da doença é instantânea, se um filhote contrair a doença e não for isolado dos demais, caso existam outros cães no convívio diário com ele ou no caso de uma ninhada, há grandes chances que todos os demais cães também adquiram o problema. Por isso, é preciso ter cuidado e ficar bem atento aos sinais que o cãozinho de estimação apresenta para socorrê-los logo, pois essa é a melhor forma de assegurar que os amiguinhos de quatro patas possam seguir suas vidas felizes, contentes e livres de problemas de saúde!

Equipe Núcleo Vet