Descubra como surgiu o preconceito que existe contra esses pequenos seres ronronantes, que nos acompanham desde que o homem iniciou suas buscas por um lugar para chamar de lar.
Os gatos desempenharam um papel muito importante para que o ser humano pudesse estabelecer sua sociedade agrícola, o que ocorreu há cerca de 9.500 anos, nas primeiras vilas agriculturais do chamado Crescente Fértil. Como a produção e o armazenamento de alimentos atraía um número impressionante de roedores, os gatos, exímios caçadores, eliminavam os invasores dos silos. E foi assim que passavam a conviver com os seres humanos.
No Egito, há pelo menos 5.000 anos, os gatos eram venerados e tratados como divindades. A mais famosa delas era chamada Bastet, a deusa da fertilidade e da felicidade, considerada benfeitora e protetora do homem.
Os gatos eram tão queridos pelos egípcios que eram tratados como membros da família, inclusive após sua morte, quando eram embalsamados à maneira dos seres humanos. Além disso, quem matasse um gato era punido com a pena capital. Os antigos persas jamais maltratavam os gatos. Para eles, os gatos eram verdadeiros amigos, destinados a servir como companheiros de jornada durante toda a vida. Assim, maltratar um gato correspondia a fazer mal a si próprio, a um espírito de natureza divina, responsável pelo atenuar o impacto de muitos sofrimentos da existência.
Por algum tempo foram respeitados na Europa. No entanto, com a chegada da Idade Média, os gatos, principalmente os de cor preta, passaram a ser vistos como espíritos malignos, associados às bruxas e à Satanás.
Quando uma pessoa acusada de bruxaria era queimada, vários gatos a acompanhavam neste suplício ignorante e de natureza demoníaca, ato que acabou levando ao extermínio milhares de gatos e sua exclusão do convívio social.
Mas a humanidade pagou caro por esse destempero. Com a redução da população felina, os ratos tomaram conta do pedaço. Falta de saneamento, condições precárias de higiene e tráfego de navios infestados de roedores
ajudaram a deixar o século 14 marcado na Europa pela pandemia da peste bubônica, mas conhecida como “peste negra”. Transmitida através da picada de pulgas infectadas por ratos doentes, a “peste negra” dizimou cerca de um terço da população européia.
Para combater a peste proibiram a caça aos gatos e permitiram sua volta ao convívio social, mas infelizmente o preconceito ainda permanece no coração de muitas pessoas.
Fonte: Catclub
Núcleo Vet