A fascinante genética da cor dos gatos

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Já ouviu dizer que gatas de três cores são sempre fêmeas? Pois é verdade! O gene que determina se um gato vai ser preto ou laranja está no cromossomo X, que as fêmeas têm dois (XX). Como os machos só têm um X, pois são XY, eles só podem ser ou pretos, ou laranjas, nunca os dois.

Ok, não é nunca. Raros machos têm uma síndrome, chamada Klinefelter (nome de síndrome nunca é fácil), e acabam com genes XXY – podendo ter preto e laranja. Outros podem ser quimeras – terem se formado com dois embriões – ou serem formados por um mosaico cromossômico – só algumas células são XXY. Enfim, é raríssimo.

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Só que preto e laranja são duas cores, cadê o branco? Aí que a coisa fica mais complexa ainda. O branco está em outro cromossomo, totalmente separado! E por incrível que pareça, existem três genes para pêlos brancos: um gene para manchas brancas (S/s), um gene para gatos brancos (W/w) e um gene para albinismo (C/c).

Um gato com gene de pêlos pretos e gene de manchas brancas é um gato “frajola” – preto com branco. Uma gata com genes pretos em um X, genes laranjas no outro X e genes de manchas brancas em outro cromossomo é uma gata… tricolor!

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Agora, tanto um gato com genes pretos e uma gata com genética tricolor serão totalmente brancos se tiverem o gene dominante de pêlos brancos (W_). Esse gene faz com que o gato tenha pouquíssimos melancócitos, que produzem a cor, então não importa se ele seria laranja ou preto, a cor não será produzida e ele será um gato branco!

E tem mais. O gene de albinismo é diferente do gene branco, ele tem a ver com uma enzima chamada tirosinase, que é um elemento fundamental para a produção de cor. Isso faz com que gatos albinos ou sejam 100% brancos e de olhos rosados, ou siameses.

Então siameses são albinos? Sim, eles têm um tipo de albinismo. Surpreendente não é? O que acontece com os siameses, e alguns outros gatos, é que a enzima que produz cor depende da temperatura do corpo. Então nas extremidades (patas, rosto, orelhas e rabo) o organismo produz mais cor e a região fica escura. No resto do corpo, que é mais quente, a cor é mais fraca.

albino siames

E gatos rajados? Tigrados? Marrons? Desbotados? E o pêlo comprido dos persas? Mais genes! Muitos, muitos outros genes! Milhares de genes, e bilhões de combinações. E se a coisa já está confusa até aqui… é melhor deixar o resto para outra matéria.

gato marrom

Fotos: Augie Ray, VanessssaRobert Couse-Baker e Meredith Leigh Collins.

Fonte: http://gatinhobranco.com/

É verdade que os cães suam pela língua?

cachorros suam língua

Não! Isso seria uma coisa bem esquisita! Os cachorros têm um sistema de resfriamento bem diferente do nosso. Nós humanos temos glândulas sudoríparas pelo corpo todo, a maior parte delas produz apenas água e sais, fazendo nosso corpo “esfriar” em dias quentes ou atividade física intensa.

Os cães também têm essas glândulas, ou seja, eles também suam. Só que não pelo corpo todo, na verdade, eles suam basicamente pelas patas (por isso o chão fica com pegadas em dias muito quentes). Mas como eles também precisam esfriar o corpo e as glândulas da pata não são suficientes, o método que encontraram foi a troca de calor. E eles fazem isso… arfando com a boca.

Quando colocam a língua para fora e ficam fazendo aquele “arf, arf”, os cães estão jogando o ar quente que está dentro deles para fora, e inspirando o ar mais frio do ambiente. É o mesmo princípio de esfriar uma sopa: você assopra, a sopa esfria. Os cães arfam, a língua esfria, o pulmão esfria, o corpo esfria. Além disso, eles têm um sistema complexo de isolamento térmico da cabeça, para proteger o cérebro de superaquecimento. Curioso, não?

Esse sistema de resfriamento é bastante eficiente na maioria dos cães, mas não muito nas raças braquicefálicas (focinho amassado). Por terem a traqueia muito estreita, cães como shih tzu, lhasa apso, buldogue, chow chow, pug, boxer, têm dificuldades para respirar e, logo, trocar o ar quente com eficiência. Famílias desses peludos com focinhos achatados devem tomar muito cuidado com crises de calor e dar bastante água para seus cães nos dias quentes.

Foto: ransomtech

A verdade do porquê os gatos ronronam

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

“Porque estão contentes”. Foi o que você ouviu e acreditou a vida toda, não é? Pois surpreenda-se: o ronronar é muito mais complexo do que isso, a ponto de vivermos lado a lado com gatos por pelo menos 9.500 anos e ainda não sabermos com certeza o que ele é. As teorias vão desde comunicação até, acredite, auto-cura.

É verdade que os gatos ronronam quando estão gostando do carinho no queixo ou do sachê de atum, só que eles também ronronam quando estão machucados e com dor. Um gato pode ronronar até quando está à beira da morte.

Além disso, as gatas ronronam quando estão dando a luz e cuidando dos bebês. O gatinho, inclusive, aprende a ronronar pouco depois de nascer – e essa vai ser sua principal forma de comunicação com a mãe.

E é por isso que é tão difícil entender o significado do ato – porque ele é observado em situações completamente opostas. Depois de quebrar a cabeça por anos, os cientistas e comportamentalistas chegaram a algumas teorias:

1 – Comunicação

O ronronar pode ser uma forma de dizer “estou aberto a receber atenção e contato de você”. Em outras palavras, o gato está lhe deixando tocá-lo e manipulá-lo. Isso explica porque eles ronronam quando querem carinho (“estou amigável, pode continuar”), quando estão com a mãe (“quero atenção”) e quando estão feridos (“aceito sua ajuda”).

2 – Forma de se acalmar

Como o ronronar é o primeiro som que os gatinhos ouvem, e ele é associado aos cuidados da mãe – um estímulo positivo, pode ser uma forma de o gato tentar se acalmar. Seria uma atitude para incitar o relaxamento, o jeito deles de “respirar fundo”. Pessoas respiram fundo quando querem meditar e atingir um nível de tranquilidade, mas também quando estão nervosas e precisam relaxar. Os cachorros fazem o mesmo com alguns calming signals como o bocejo. Então faz todo o sentido que os gatos também tenham um mecanismo para se acalmar.

3 – Auto-cura

Não é ficção científica, o ronronar realmente tem poderes de cura. As vibrações do “ronronron” estão entre 25 e 150 Hertz, uma frequência que comprovadamente ajuda a aumentar a densidade óssea, combater dispneia e fortalecer ou até regenerar tecidos. Isso explica não só o porquê de os gatos ronronarem, mas também o porquê de eles terem muito menos problemas ósseos, ligamentares, musculares e pós-operatórios do que os cães. E mais: o ronronar também traz esses benefícios para a pessoa (ou outro animal) que está em contato com o gato.

Por fim… a verdade mais aceita… é que o real motivo seja uma mistura dos três. Os gatos ronronam para se comunicar, acalmar e curar. Ou, pelo menos, é isso o que se pode deduzir com o pouquíssimo que conhecemos do mundo fantástico dos nossos amigos peludos.

Núcleo Vet

Gatos que sugam e lambem roupas

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 Quem convive com gatos já deve ter percebido o quanto alguns deles costumam lamber e sugar roupas, e muitos o fazem até mesmo nos dedos e no pescoço dos tutores. Quase sempre, este comportamento vem acompanhado de ronronados e de movimentos com as patinhas, como se estivesse afofando alguma coisa. Este hábito oral se equipararia a uma criança chupar o dedo ou o bico. Muitos especialistas acreditam que os felinos fazem isto por terem ficado órfãos muito cedo. O ideal é que eles fiquem com suas mães até, pelo menos, completarem entre seis e onze semanas de vida, caso contrário podem demonstrar comportamento de filhotes, mesmo quando já estiverem adultos.

Sugar e lamber também pode demonstrar que o animal está estressado, ansioso ou entediado. Em alguns casos, o hábito pode virar uma atitude compulsiva, especialmente se o gato não para, mesmo quando distraído ou quando é chamado para brincadeiras. Neste caso, o transtorno deve ser logo diagnosticado e tratado. Também é importante destacar que hipertireoidismo ocorre em 30% dos gatos com mais de 10 anos e que este enfermidade causa vários distúrbios comportamentais, inclusive lamber e sugar.

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Entrópio em cães

Muitos tutores e criadores profissionais de cães podem não saber o que é o Entrópio. Isso porque essa doença, em muitos casos, passa despercebida pelo tutor. O Entrópio é uma má-formação, mas que  pode também ser de origem adquirida, causando o reviramento da pálpebra para dentro e, com isso,  causando sérias irritações que podem levar à graves doenças no olho do animal. O Entrópio pode acometer a pálpebra superior ou a inferior de um olho ou de ambos os olhos. Todo animal pode ser atingido, contudo existem raças de cães que já têm predisposição ao aparecimento do Entrópio, como:Buldogue Inglês e Francês, Boxer, Shar-pei, Labrador Retriever, Chow Chow, Pug, Shih-Tzu e entre outras raças de cães.

As causas para o aparecimento de entrópio em cães têm vários fatores, porém na sua maioria é de origem genética. Existem duas principais causas a que se atribuem a presença do entrópio:  as de origem congênita e as de origem adquirida.

Origem Congênita: São relacionadas, principalmente, às raças de cães que têm predisposição, como foi citado anteriormente. Animais braquicefálicos, ou também conhecidos como “Cara achatada” são mais acometidos, devido a existir mais tensão dos ligamentos do olho do animal, relacionados à sua anatomia facial.

Origem Adquirida: É relacionada principalmente em cães que têm problemas oculares, tais como: Conjuntivite crônica, corpo estranho dentro do olho, problemas córneos e graves traumatismos. É importante enfatizar, que a forma adquirida é bem mais rara comparada com a congênita.

Os sintomas, como dito no início do texto, são muitas vezes passados despercebidos pelos tutores por não chamar muita atenção, comparados com outras doenças. Um cão com Entrópio leva uma vida totalmente normal, como os cães sadios. Os principais sinais clínicos encontrados nos animais acometidos, são:

– Contrações palpebrais;

– A pálpebra superior ou inferior virada para dentro, em direção do olho;

– Olhos irritados;

– Lacrimejamento excessivo, levando ao aparecimento de Epífora;

– Em caso de sérias inflamações, o olho acometido apresenta inchaço com presença de pus.

O diagnóstico deve ser feito por um médico veterinário, já que os sinais clínicos vistos podem ser semelhantes à várias doenças oculares. O exame para o diagnóstico do Entrópio se baseia no exame clínico do profissional, porém o médico veterinário pode passar uma bateria de exames para que seja feita a cirurgia com segurança.

O tratamento, na maioria dos casos é feita através da intervenção cirúrgica. A cirurgia é muito simples, porém bastante delicada, sendo necessário um grande cuidado por parte do cirurgião para que a pálpebra fique no local correto anatomicamente. Caso o animal chegue a  apresentar uma inflamação severa no olho, o profissional abre um protocolo medicamentoso para que a inflamação seja revertida, antes do procedimento cirúrgico.

A prevenção consiste, principalmente, na manutenção de toda a saúde ocular. É importante que qualquer anormalidade na região do olho, o tutor leve o pet imediatamente a uma clínica veterinária. O Entrópio tratado no início, não agredirá tanto o olho, gerando, conseqüentemente, um tratamento bem mais eficaz e com um prognóstico ótimo.

Entrópio em cães

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