Mitos, Verdades e Cuidados com seu Cão no Verão

Foto: Reprodução

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Quais os principais problemas enfrentados pelos cães no verão?

– Hipertermia;

– Queimadura de coxins ao passear em piso muito quente;

– Carcinoma solar em cães brancos;

– Infestações por pulgas;

– Leptospirose devido a alagamentos;

– Verminoses, etc.

Quais os sintomas da hipertermia? O que ela pode causar?

A hipertermia acontece quando o animal é submetido a ambientes quentes associados ou não a atividade física intensa e/ou estresse. Nessas situações, o animal que não transpira pela pele, como nós, não consegue perder calor pela respiração e então tem a sua temperatura corpórea aumentada de forma intensa levando ao super aquecimento, vômitos, diarreia, falta de ar, edema pulmonar, convulsões e morte.

Como garantir que o cão não sofra de hipertermia?

Evitando submetê-lo a essas situações como passeios em horários quentes, atividade física intensa no verão, deixá-lo em ambientes fechados sem acesso a sombra e água fresca, deixá-lo dentro de carros, ou mesmo em banhos e tosa com água quente, secador quente e estresse. Muitas vezes, esse animal, por estresse, pode ter a sua temperatura aumentada consideravelmente, vindo a ter os sintomas da hipertermia.

Existem raças mais predispostas a serem afetadas pelo problema?

Sabidamente, os animais de focinho curto, também chamado de braquicéfalos, como o Bulldog, Boxer, Pug, Shih Tzu, Lhasa Apso, Pequines, mas, teoricamente, todos os cães podem ter a hipertermia pela inabilidade de perder calor pela transpiração da pele.

Qual a importância da hidratação nesse período?

A hidratação ajuda a manter a temperatura do cão em níveis normais, mas mesmo o animal hidratado se submetido a altas temperaturas pode desenvolver e hipertermia.

Os banhos podem ser frequentes? Qual a relação deles com a proliferação de pulgas e carrapatos?

Os banhos devem acontecer a cada 7 a 15 dias de acordo com a recomendação do médico veterinário. Banhos deixam o animal mais confortável nos dias quentes e podem ser usados como recurso para deixá-lo mais agradável. A tosa para os animais mais peludos também pode ajudar. Como no verão aumenta a incidência de pulgas os banhos ajudam a controlá-las pela simples visualização e pelo uso de preventivos mais frequentes, mantendo o pelo sempre limpo.

Como impedir que o cão seja atacado por mosquitos e pernilongos? É indicado o uso de coleiras e spray repelentes?

Mantendo o ambiente limpo, mantendo o animal tosado e com pelo limpo para evitar a atração de moscas e usar coleiras ou repelentes naturais (citronela) para afastar os insetos, principalmente os pernilongos.

Os cães podem ser vítimas de viroses? Por que?

Sim. No verão a virose mais comum é a parvovirose e coranovirose que causam diarreia e vômito, cujo vírus resiste mais em ambientes úmidos e quentes. Nessa época é bastante comum o aumento da incidência da Leptospirose que é causada por uma bactéria presente na urina de ratos e que sobrevive muito bem em águas paradas e em inundações. Pode se dizer que as condições do verão são favoráveis a essas doenças.

Como evitar que isso ocorra?

Fazendo a vacinação anual contra essas doenças, mantendo o ambiente limpo para evitar a presença de ratos e evitar que o animal entre em contato com enxurradas e alagamentos.

Como proteger os cães do sol?

Evitando passeios nos horários mais quentes do dia, evitar que animais brancos, albinos e despigmentados saiam ou fiquem muito tempo no sol e usando protetores solares nas partes mais expostas, como orelhas, barrigas e plano nasal.

Eles podem sofrer de câncer de pele? Quais as raças mais propensas?

Sim, devido a exposição intensa e contínua ao sol, e por esse motivo é mais comum em animais mais velhos. As raças brancas, albinas e despigmentadas são a mais propensas, principalmente nas pontas de orelhas, nariz, pálpebras e barriga (locais sem pelo).


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