O exercício da cura dos animais confunde-se com o início da civilização humana e sua antiguidade pode ser identificada a partir do próprio processo de domesticação dos animais. Encontrado no Egito em 1890 o “Papiro de Kahoun”, descreve fatos relacionados aos tratamentos e cura de animais, ocorridos há 4000 anos a.C, e indica, inclusive, procedimentos de diagnóstico, prognóstico, sintomas e tratamento de doenças de diversas espécies animais. Os códigos de ESHN UNNA (1900 AC) e de HAMMURABI (1700 AC), que tiveram origem na Babilônia, capital da antiga Mesopotâmia, tinham referencias aos “Médicos dos Animais”. No continente europeu, os primeiros registros sobre essa prática foram encontrados na Grécia, no século VI a.C., no qual havia cidades que reservavam cargos públicos para os que praticavam a cura dos animais e lhes davam o nome de hipiatras.
A Medicina Veterinária moderna teve origem em 1762, com a criação da primeira escola de veterinária na França, fundada por Claude Bourgelat, seguido por Maison Alfort, nos arredores de Paris, em 1765. Depois disso, muitas outras se espelharam e o curso se espalhou por todo o mundo. Até o final do século XVIII, surgiram 20 estabelecimentos de ensino veterinário pela Europa.
No Brasil, foi o imperador Dom Pedro II que, ao visitar a Escola Veterinária de Alfort, em 1875, decidiu criar uma também, por meio do Decreto 8.319 de 20 de outubro de 1910, assinado pelo então presidente Nilo Peçanha. Esse documento tornou obrigatório o ensino da Medicina Veterinária. No mesmo ano, na cidade do Rio de Janeiro, houve a criação da Escola Superior de Agricultura e Veterinária e a Escola de Veterinária do Exército. No início, o foco eram os bovinos que frequentemente sofriam com anaplasmose e babesiose. Depois, veio a clinica de pequenos animais e a saúde pública, com a campanha contra o mormo, doença que atacava os cavalos e os soldados.
Os primeiros profissionais terminaram a graduação em 1917. O primeiro diploma legal a regulamentar a Medicina Veterinária veio com o Decreto 23.133 de 9 de setembro de 1933 e por isso, atualmente, 9 de setembro é o dia do médico veterinário. A medicina veterinária vem evoluindo muito pelo mundo todo, com descobertas de novos tratamentos, enfermidades e com foco maior, a cada dia, sobre a saúde dos animais de produção, de companhia e dos humanos (saúde pública). O profissional da área cuida da saúde animal, aplicando antibióticos e outros fármacos. Além disso, trabalha com acessórios para treinamento e atua, direta ou indiretamente, na saúde de toda população humana do país, pois previne, nos animais, doenças que poderiam afetar o homem (zoonoses).
Fonte: PetLove.
Equipe NúcleoVet