Dermatopatias são as doenças que afetam o tegumento. Podem ser divididas em parasitárias, infecciosas, imunomediadas, metabólicas, endócrinas, psicogênicas, congênitas, hereditárias ou inespecíficas. É importante entender que a palavra congênita tem um significado totalmente diferente de hereditária. Congênita é a doença que o animal adquire durante a gestação, antes de nascer. Já hereditária, é a doença de origem genética que é transmitida de pais para filhos, independentemente do que ocorrer na gestação.
As doenças de pele em animais podem ser hereditárias, e uma delas é o albinismo, anomalia genética recessiva que causa deficiência na produção de melanina. Pode ser completa, quando ocorre a ausência total de pigmentação, ou parcial, quando a despigmentação ocorre apenas em algumas partes do corpo na forma de manchas. O albinismo é um evento raro e somente um em cada vinte mil animais apresenta alguma forma de albinismo. Nos animais silvestres, devido à seleção natural, dificilmente é observado. Animais albinos têm maiores problemas com a exposição solar, podem sofrer sérias queimaduras ou ter graves tumores de pele. São recomendados tratamentos especiais com a pele desses animaizinhos, com uso de protetores e, em alguns casos, uso de vitaminas para fortalecer o pelo e garantir a saúde deles.
Existem também outros tipos de dermatopatias, como, por exemplo, a dermatite atópica, a qual é considerada genética e pode atingir cães e gatos; os pets atingidos desenvolvem sinais clínicos alérgicos após exposição contínua a determinada substância, enquanto que os animais sem o gene responsável por tal problema não sofrem nada com essa exposição. A calvície também é um exemplo de dermatopatia de origem genética, pode atingir até mesmo os animais com apenas 6 meses de idade, tem início em torno das orelhas e se espalha pelo restante do corpo com o tempo.
É importante salientar que, embora tenha se pensado que a sarna demodécica era hereditária e depois acharam que era congênita, atualmente concluiu-se que não é nem hereditária nem congênita, mas sim secundaria a uma alteração hereditária. O que ocorre é que cães com sistema imunológico mais fraco, graças a sua origem genética, acabam sendo mais suscetíveis a desenvolver esse tipo de sarna.
Diversas doenças hereditárias podem ser observadas nas raças de animais domésticos e é importante lembrar que animais que apresentam alguma delas, não devem ser colocados para reprodução para evitar a transferência do gene indesejado aos outros animaizinhos.
Equipe NúcleoVet