É comum ouvirmos falar nas rodas de conversa se podemos ou não oferecer carne ao cão . Isso é uma dúvida bastante comum entre os tutores e especialistas, sendo um marco para muitas discussões e pesquisas. Existem profissionais médicos veterinários que não indicam ao tutor dar carne crua ao animal, devido à probabilidade do cão adquirir uma doença, ou parasitas, no momento da ingestão. Em contrapartida, existem profissionais que apoiam o uso rotineiro de carne na alimentação dos pets.
Antes de mais nada, é importante ressaltar que todo alimento, independentemente de ser carne ou não, deve ter uma origem de procedência e, nos casos de verduras, legumes e frutas, devem ser bem lavados antes do consumo.
É sabido por todos, que toda carne, independente da espécie, tem características típicas que fazem ela estar apta para o consumo ou inapta, quando corre o risco de haver algum prejuízo à saúde do animal. Uma carne indicada para o consumo, não deve apresentar as seguintes características: Cheiro desagradável; Cor anormal (Muito clara, muito escura ou amarelada comparada ao padrão da espécie, é claro); Apresentar muco pela superfície; Presença de manchas ou caroços; Consistência da carne (muito dura ou se desmanchando); entre outras coisas.
Os cães domésticos estão livres para se alimentarem de qualquer tipo de carne, sendo ela: Carne de bovino, caprino, ovino, bubalino, suíno, peixe e carnes de caça em geral. A escolha do tipo de carne a ser ofertado ao animal, vai depender da preferência do paladar de cada animal, da saúde do pet e também do que o tutor está preparado para gastar.
Outro ponto que é bastante perguntando pelos tutores para os médicos veterinários, é a forma de como oferecer a carne ao animal. Na verdade, não há uma maneira certa ou errada de administrar a carne, isso vai variar de acordo com o porte do animal e a situação odontológica do pet. Existem animais que têm bastante perda dentária, fazendo com que o uso de carnes em cubos ou bifes fique sendo inviável. Quando um cão tem boa saúde oral, é indicado que as carnes sejam ofertadas em cubos, do tamanho proporcional para cada porte canino. Animais com perdas significantes de elementos dentários devem receber carne moída para que se proporcione uma boa digestão do alimento e não cause um possível engasgo no animal, pelo fato de não haver a mastigação do alimento da forma correta.
Um ponto muito importante a ser ressaltado é a administração de carnes de peixe. Existem muito tutores que oferecem ao animal peixes inteiros ou em grandes pedaços, fazendo com que o animal entre em contato direto com as espinhas . Isso é uma prática errônea, pois assim o animal pode traumatizar sua boca ou fazer com que a espinha perfure órgãos internos dando grandes danos à saúde do animal.
A carne pode ser uma grande fonte de nutrientes para seu animal, porém tudo deve ser feito com cautela, e claro, com a opinião do médico veterinário de sua confiança.
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