1 – Por que ter um cão/gato? É antiga a relação dos homens com pequenos animais domésticos, principalmente cães e gatos. Existem indícios de que a domesticação de cães já ocorria por volta de 12 mil anos AC. Desde então, estreitou-se tal proximidade, em função de motivos os mais variados: companhia; segurança de propriedades; reprodução (comercial); colaboração nos serviços de campo; caça; rastreamento… Atualmente, as pessoas vêem o animal doméstico como verdadeiro “membro da família”, um amigo de fato, o que somente reforça que deva existir dignidade, respeito e responsabilidade no trato para com os animais. Para que se efetive uma posse responsável (que deveria pautar a relação com qualquer animal de estimação), há que se observar atentamente determinadas condições. Assim, antes de adotar ou comprar um animal doméstico, o futuro dono (ou dona) deve observar, entre outros fatores:
- tempo de vida do animal;
- as despesas com alimentação e tratamentos de saúde;
- a adequação do espaço físico disponível para a criação;
- pessoa(s) com tempo para passear e/ou interagir com o animal;
- pessoa(s) para alimentá-lo durante eventuais ausências prolongadas do(a) dono(a).
2 – Necessidades básicas: Antes de se adquirir um animal doméstico (cão ou gato), é importante saber que apenas água e comida não dão conta das suas necessidades básicas. A posse responsável implica em suprir uma série de condições:
- fornecer boas condições ambientais: espaço adequado; higiene; cuidados para evitar a superpopulação;
- vacinar regularmente o animal (contra a raiva e outras moléstias);
- proporcionar ao animal atividades físicas e momentos de interação com as pessoas, lembrando –se que o animal só deve passear em vias públicas devidamente contido, utilizando coleira e guia;
- responsabilizar-se pela limpeza dos dejetos de seu animal;
- evitar a procriação inconseqüente, isolando o animal nas fases de cio ou utilizando métodos anticoncepcionais. A procriação deve ser planejada, de forma a garantir um futuro saudável aos filhotes, no mínimo com os mesmos cuidados dispensados aos pais;
- freqüentar regularmente o médico veterinário.
Atender a todas essas demandas exige não só dedicação como também tempo. No momento de se adquirir um animal de estimação, é necessário estar atento(a) a estes compromissos. 3 – Por que não deixar solto nas ruas? A posse responsável implica em manter o animal dentro do espaço doméstico, a fim de evitar transtornos relacionados com animais errantes. Deixar um gato ou um cão solto nas ruas pode acarretar muitos problemas:
- a transmissão de doenças graves como a raiva é facilitada com o aumento da quantidade de animais errantes, que podem contrair a doença e por mordedura, passar para outros animais e para o homem. Podemos também citar outras zoonoses (doenças transmissíveis entre animais e o homem) importantes, como a leptospirose, a leishmaniose, a toxoplasmose, entre outras;
- possibilidade não só de o animal sofrer um acidente automobilístico (com danos muitas vezes irreparáveis) como também de atacar outros animais ou pessoas (no caso de crianças, as conseqüências costumam apresentar extrema gravidade);
- sujeira nas vias públicas, através do aumento da quantidade dos dejetos fecais;
- deterioração do meio ambiente, com a destruição de sacos de lixo (onde os animais errantes procuram sua fonte de alimento nas ruas);
- procriação sem controle, contribuindo para agravar ainda mais o problema da superpopulação de animais errantes.
4 – Identificação do animal. É fundamental que o animal de estimação tenha sempre uma coleira com uma placa ou medalha de identificação, constando o nome e o telefone do proprietário. Desse modo, evita-se um drama bastante comum, quando o animal foge ou se perde e os donos, desesperados, empreendem campanhas de localização, no mais das vezes infrutíferas. 5 – Castração: Método cirúrgico que impede a reprodução, através da remoção do útero/ovários nas fêmeas e dos testículos nos machos. Existem ainda outras técnicas em que as gônadas são preservadas, como a vasectomia. Desde que realizado por um médico veterinário, este procedimento apresenta bastante segurança. Além disso, contribui para que se efetue o controle populacional, uma vez que o animal castrado não terá mais a capacidade de gerar filhotes. 6- Reprodução: A posse responsável também implica em evitar o cruzamento do animal doméstico de maneira descontrolada. O (a) proprietário (a) deve saber que, a cada cruzamento, uma nova ninhada vai ser gerada, exigindo os mesmos cuidados com relação à higiene, alimentação, espaço físico, cuidados com a saúde. Portanto, só se deve permitir um cruzamento quando houver garantia de que a ninhada não ficará desassistida. Vale ressaltar que o fato de não cruzar não prejudica em nada o animal, tanto do ponto de vista físico como do psicológico. Em contrapartida, deixá-lo seguir seus impulsos só acarreta aumentos indesejados de população. Preocupa cada vez mais o número crescente de filhotes abandonados pelas ruas, tanto que atualmente já é considerado um sério problema de saúde pública. A sociedade deve se aliar aos órgãos públicos no sentido de diminuir a quantidade de animais errantes em nossa cidade. Só assim,se aumentará a qualidade de vida dos animais e da própria população.